O projeto para programação continuada “Audiovisual é Arte, Cultura e Cidadania” do Cineclube Torres, produtor estadual de cultura desde 2013, foi recentemente contemplado no edital #juntospelacultura_2” da Secretaria de Estado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul.
O projeto cultural foi elaborado a partir de outro anterior, aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura – LIC Estadual em 2017 mas que não encontrou os apoios necessários mesmo através do incentivo fiscal garantido a empresas consultadas; o projeto apresentado no edital em janeiro passado e agora contemplado, consiste em uma programação audiovisual continuada em espaço cultural, para vários segmentos de público, inclusive o escolar.
Mas a programação continuada em espaço cultural parece atualmente representar uma miragem, já que pelo segundo mês seguinte o Cineclube Torres deverá novamente ceder uma data dos tradicionais encontros cineclubistas de segunda feira, para outras atividades.
Não deixa de ser estranho que propostas culturais em lugar de somar-se e ampliar a já escassa oferta, se sobreponham impossibilitando a realização de sessões e atrapalhando o normal planejamento das atividades, sempre trabalhado com antecipação e preparo.
Assim o ciclo já pronto, previsto com 5 filmes biográficos, foi adaptado para 4 encontros, mantendo ampla representação da produção nacional recente, com a biografia de Elis Regina de Hugo Prata (“Elis”de 2016) e, já na próxima segunda dia 2 de Julho, com o filme “Bingo – O Rei das Manhãs” (2017), cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo da televisão brasileira durante a década de 1980.
Completam a programação um recorte biográfico do poeta Neruda, já protagonista de “O Carteiro e o Poeta”, no filme homônimo do diretor chileno Pablo Larrain, e o inédito filme de animação “Com Amor, Van Gogh” todo ele realizado com pinturas, explorando as características pictóricas impressionistas do autor, um autêntico deslumbre visual e poético para tentar desvendar o mistério da morte deste gênio absoluto da arte.
As sessões ocorrerão todas as segundas feiras de Julho, exceto no dia 16/7, no Auditório José Antônio Picoral, na atual Casa da Terra e antigo Centro Municipal de Cultura, às 20h, sempre com entrada franca.
PROGRAMAÇÃO:
Segunda Feira dia 2 de Julho – 20h – Auditório José Antônio Picoral
Bingo: O Rei das Manhãs
de Daniel Rezende
Brasil – 2017 – Drama/Comedia
Cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo da televisão brasileira durante a década de 1980. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado. Esta frustração o levou a se envolver com álcool e drogas, chegando a utilizar cocaína e crack até nos bastidores do programa.
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Segunda Feira dia 9 de Julho – 20h – Auditório José Antônio Picoral
Com Amor, Van Gogh
de Dorota Kobiela, Hugh Welchman
Reino Unido/ Polônia – 2017 – Animação
Poucos filmes representam uma declaração de amor tão intensa a um artista quanto “Com Amor, Van Gogh” a começar pela forma como foi realizado, com a técnica da animação mas a partir de pinturas a óleo, seguindo o mesmo estilo do próprio homenageado.
Mais do que contar sua história era necessário apresentá-la sob seu ponto de vista tão particular, que fez com que o pintor se tornasse cultuado após sua morte. O resultado, visualmente falando, é deslumbrante.
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Segunda Feira dia 23 de Julho – 20h – Auditório José Antônio Picoral
Neruda
de Pablo Larrain
Chile – 2016 – Drama / Policial
No final da década de 1940, um inspetor persegue o poeta chileno ganhador do Nobel, Pablo Neruda, por fazer parte do Partido Comunista.
Embora fundamentado na figura do poeta e ex-senador Pablo Neruda, no filme, indicado do Chile para concorrer ao Oscar na categoria de filme estrangeiro, o diretor lança mão de um certo grau de fantasia para uma história com contornos policiais e romanceados
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Segunda Feira dia 30 de Julho – 20h – Auditório José Antônio Picoral
Elis
de Hugo Prata
Brasil – 2016 – Drama/Música
Cantora desde a infância, Elis Regina entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil, a partir do Rio de Janeiro. Embora o filme não possua a coragem e ousadia da cantora, devolve para os fãs uma figura viva e impar, interpretada com todo o coração por Andreia Horta, premiada para esse papel com um Kikito no Festival de Gramado.