“Smoke-Cortina de Fumaça” abre ciclo de Setembro

Na próxima sessão do Cineclube Torres, “Smoke – Cortina de Fumaça” de Wayne Wang, segunda-feira dia 2 de setembro, às 20h. O filme independente estadunidense abre o ciclo de setembro na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo localizada na UP Idiomas Torres.

Ultimamente a fumaça das queimadas tem ocupado quotidianamente os noticiários no Brasil, mas o fumo que é protagonista na programação de setembro do Cineclube Torres é de outro tipo.

O cigarro, junto com sua indústria, desde os albores da arte cinematográfica esteve ali presente como um elemento capaz de transmitir glamour e rebeldia, às vezes autêntica metáfora para a relação sexual, então proibida em cena. Mais recentemente, as campanhas antitabagistas conseguiram limitar a exposição do cigarro em filmes e quase sempre ele está associado a perspectivas negativas, a vilões e personagens conturbadas.

Longe de querer reabilitar o vício do fumo, pelo contrário, a ideia da programação do mês é uma sequência de filmes em que a presença do tabaco, do cigarro e similares, de uma forma ou de outra, assume particular relevância no enredo. Começando pelo filme independente “Smoke / Cortina de Fumaça” do Wayne Wang, diretor estadunidense originário de Hong Kong, em parceria com o celebre escritor Paul Auster, autor do roteiro a partir de alguns contos de sua autoria.

O centro da narrativa do filme é a tabacaria de Auggie Wren (Harvey Keitel), no Brooklyn, onde o escritor Paul Benjamin (William Hurt), autêntico alter ego do Paul Auster, compra regularmente seus cigarros. Naquele espaço, vários personagens se encontram, conversam, e a partir dali são traçados causos e acontecimentos de um verão nova-iorquino nos anos 90.

O filme, vencedor do Urso de Prata do Festival de Berlim de 1995, é mais um exemplo de uma produção cinematográfica independente realizada nos estados unidos, fora das lógicas dos grandes estúdios.

Sustentado sobretudo na carismática atuação de Harvey Keitel e na criatividade literária de Paul Auster, é nesse curiosíssimo tom que Cortina de Fumaça se desenvolve — entre o humor, o drama, a farsa, a ternura, o absurdo, o poético, o prosaico — criando um laço de amizade em meio ao emaranhado de relações pessoais da vida urbana”. (Lucas Petry Bender, em www.personacinema.com.br)

A sessão, com entrada franca, integra a programação continuada realizada nas segundas feiras, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.